No pique da bola

Renato Prado Guimarães

Emissora de TV de Caracas convidou-me para comentar os jogos do Brasil da Copa do Mundo de 1990 (vejam foto ao final do documento). Passei a ser “atração” no intervalo dos jogos, e a seu final, quando devia apresentar minhas observações a respeito do desempenho do Brasil. Totalmente inexperiente de coisas de TV e rádio, apostei na minha vivência de futebol para tentar não fazer um mau papel. E, claro, fiz minha lição de casa, estudando as copas anteriores e, sobretudo, abastecendo-me nas melhores fontes da sabedoria futebolística, brasileiras e alheias. De Nenem Prancha e Garrincha a Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Henry Kissinger, demorando-me no maior de todos, o gênio Nelson Rodrigues. Resultou uma coleção meio frouxa de máximas, frases, fatos e anedotas, desarticuladas mas que têm, aqui e ali, sua graça e sua inteligência, umas mais, outras menos conhecidas, quase todas, contudo, inesperadas.  No todo, para mim irresistíveis.

Lá vão, no pique da bola, sempre citado o autor, quando conhecido:

Com prazer! Aqui está a lista com o símbolo § no início de cada frase e os nomes dos autores em negrito, quando indicados, entre parênteses: