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DIA DA MÃES: Diplomatas relatam os desafios e alegrias de conciliar a maternidade com a carreira

Gustavo Elisson 

A carreira diplomática é marcada por uma agenda intensa e constante presença internacional. Para as mulheres que conciliam a missão de representar o Brasil no exterior com a dedicação à criação dos filhos, os desafios se intensificam — embora jamais ofusquem as alegrias da maternidade.

Diplomata de carreira com mais de 22 anos de experiência nas áreas de comércio internacional, cooperação, gestão e diplomacia consular, Christiane Aquino viveu um dilema ao aceitar uma missão temporária na Guiana Francesa (Posto D). A função exigia sua presença integral no exterior, inclusive com períodos como chefe do posto, o que significou deixar os filhos, Vitor (então com 9 anos, hoje com 15) e Lara (então com 8, hoje com 13), sob os cuidados exclusivos do pai, Diego.

“Foi um período difícil, de um ano, mas também uma experiência valiosa, pois eles puderam perceber que o pai também cuida. Não é só a mãe que cuida. O pai também segura as pontas, dá amor, carinho, leva ao médico e ao dentista.”

Para Christiane, que é Ministra de Segunda Classe, conciliar a maternidade com o trabalho diplomático só é possível graças ao suporte que recebe. “É uma grande alegria equilibrar os ‘pratinhos’ de ser mãe e diplomata, mas eu só consigo fazer isso porque tenho uma ampla rede de apoio e um parceiro excelente, que sempre dividiu as tarefas comigo.”

 

 

A Primeira Secretária na Embaixada em Washington, Celeste Badaró, também concilia o posto com a maternidade de Olivia, de 6 anos, e Sofia, de 4. Em uma das muitas reuniões multilaterais, a diplomata conta que um momento, que teria tudo para ser embaraçoso, se tornou símbolo de empatia e conexão.

“Eu participava de reunião multilateral virtual num horário ingrato no fuso horário do Brasil, então o fazia de casa. A minha filha entrou na frente da câmera e, imediatamente, o meu chat privado começou a encher de mensagens. Depois eu encontrei os mesmos delegados pessoalmente e uma representante em particular comentou como eu a ajudei a lidar melhor com a tensão de ter de balancear a maternidade com as reuniões que adentravam a madrugada.”

Celeste conta que desde que se tornou mãe a dimensão humana da diplomacia se tornou ainda mais importante. “Eu me tornei mais empática e mais interessada no contato olho a olho. Eu passei a me preocupar com o futuro das minhas filhas e me tornei mais ferrenha na defesa do nosso planeta para as próximas gerações. Passei a ser muito mais eficiente na gestão do tempo, pois cada minuto longe das minhas filhas é precioso.”

 

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