24 vs. 13

A Cristina Von Jess Krause,

 

Nos anos 70, o Itamaraty decidiu abrir nos EUA

alguns consulados orientados especificamente para a promoção da exportação de produtos brasileiros. Um deles em Atlanta. Encarregada de escolher a sede, missão de jovens diplomatas visitou vários edifícios naquela cidade. Num deles, central (como tanta coisa em Atlanta, acho que se chamava “Peachtree”), encontrou-se espaço esplêndido, de custo razoável e apropriado à repartição que se desejava instalar.  Já no elevador, contudo, reparamos que estávamos no andar no. 24 – número sensível, no Brasil, e no Itamaraty, àquela época mais do que agora. 

Uma escolha talvez delicada. Pelo sim, pelo não,

consultamos o corretor sobre se haveria espaço equivalente em outro andar. Diante de sua estranheza, explicamos a razão da pergunta. Não gostamos de sua reação, de arrogante deboche diante da preocupação numérico-zoológica dos interlocutores estrangeiros e subdesenvolvidos. De olho no painel de andares do elevador, a colega meu (Roberto Krause, cedo falecido) ocorreu replicar que só lhe alugaríamos espaço naquele imóvel se ele o conseguisse no 13º. andar. 

Que não existia – como em tantos prédios dos EUA, em função de preconceitos também primitivos. A reação não foi boa, tampouco, mas pelo menos a arrogância sumiu. 

24 x 13. Deu empate.

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